E se mais
não sejamos
Que
acidentes de curta duração,
Simples
ideias materializadas
Teorizando
sonhos, descrevendo
O que
gostaríamos de ser?
Se só
lampejos de consciências
Entre o nada
que nos antecede
E o nada que
se seguirá?
E se só
matéria organizada,
Pedra que se
ergueu consciência,
Mineralidade
feita carne e desejos,
Necessidades
que não se bastam
E se acabam
sem terem se bastado?
E se a
suprema utopia
For a crença
da continuidade,
Uma
existência extra corpórea,
Individual e
clara, tateando
Suposições
que se revelam reais,
Tornando
tudo estranho e novo?
E se não
mais que, espécie
Entre
espécies, transitando
Estreito
tempo e curto espaço
Teorizamos
filosofias e ciências,
Religiões,
sentimentos, tudo,
Só em culto
ao medo da morte?
E se o homem
for só uma explosão
Rápida de
sentimentos confusos,
Uma
singularidade que cresce,
Subitamente
se expande e se aclara,
Soa e se
apaga para sempre?
E se...
Francisco
Costa
Rio,
06/04/2014.
E se... simplesmente fossemos sopros
ResponderExcluirque inquietos não param e nenhum lugar
e por não ter onde pousar
ficamos nos repetindo
e nos repetimos tanto
que chegamos a desejar a morte
assim, qualquer impacto nos façam findar