(depois da
pesquisa publicada ontem,
que requer a
intervenção de todos ,
para a
proteção de nossas mulheres,
mães,
filhas, netas, companheiras.)
Moço, você
não sabe o que é sexo!
Acredita que
se basta na penetração.
Pregos e
parafusos não fazem sexo
Na madeira,
nas paredes, nos metais.
Sexo é mais,
bem mais, só tudo.
Repare que
mesmo os animais
Cheiram-se,
lambem-se, roçam-se
Em
antecedência de prazer na ação.
Para o
senhor só há a ação.
Sexo é tanto
que o orgasmo,
Por ser o
fim, é humilhação.
O sexo se
faz com a expectativa,
Amadurece na
abordagem,
Cresce na
surpresa, no inesperado,
Materializa-se
em gemidos e gritos,
Cheiros:
suor, hálito, hormônios
Em cenário
de peça mágica
Onde você
deve ser coadjuvante,
Escada para
a atriz principal,
Levando-a ao
desempenho total.
Mas não, ao
invés, você as submete
À força, sem
consentimento,
Sem
reciprocidade de vontades,
Reduzindo a
fêmea a massa informe
Com medo,
abatida, em desespero.
E aí o seu
prazer, que não é sexo
Mas tortura,
o despir a mulher
Do que ela
tem de humana, gente,
Deixando-a
só uma peça,
Pouco mais
que a sua mão
No exercício
da masturbação.
Esse o seu
prazer, gozar no medo
O ódio que
devota ao humano,
Dispondo da
humana carne
Como se rês
no balcão, no retalhe
Da sua
periculosidade de doente
Em risco ao
próximo, seu objeto.
Impróprio a
ser amante
Você se
basta torturador,
O que semeia
pânico e dor,
Praticando
exatamente
O que se faz
o contrário do amor.
Francisco
Costa
Rio,
30/03/2014.
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