terça-feira, 29 de abril de 2014

COSMOS

No mais íntimo de tudo purga,
Imanente e definitivo,
O testemunho da unidade.

Nada apartado e nada só,
Tudo um, atestado
Da unidade na diversidade,
Mera variação de movimentos.

Do átomo às galáxias o mesmo,
A mesma harmonia de teclados
Dedilhados por mãos invisíveis
Sonorizando luz e movimentos,
Em acordes diversificados
Estampando-se corpos e cores
Em infinitas possibilidades.

O universo é uma obra de arte.

Ao artista cabe as descobertas
O identificar nele o ar da poesia,
Destrinchando nota a nota
Os segredos não revelados
Dessa imensa e bela sinfonia.

Francisco Costa

Rio, 14/04/2014.

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