Quando a justiça opta
Por escolher lado,
E se faz cega voluntária
E ocasional, escolhendo
Quais réus acolher
Ou perdoar.
Quando um mesmo crime
Traveste-se de lícito ou não,
E a materialidade da prova
Se esfumaça na mentira,
E o testemunho é falso,
Eivado de vícios.
Quando a toga é máscara
E o tribunal é circo
Onde se encena a farsa,
E o rito jurídico reduz-se
A espetáculo midiático.
Quando se chega condenado,
Pronto para ser encarcerado,
Ainda que sem culpa formada
Ou que tenha cometido delito.
É hora do povo recorrer
A instância maior, a última,
Definitiva e justa, radical,
A si próprio.
Francisco Costa
Macaé, RJ, 20/05/2016.
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