Lúgubres tempos se anunciam,
Nascidos, extemporâneos,
Nos corredores da ilicitude.
Virão nas asas dos pesadelos,
Reinaugurando tempos idos,
Que retornarão dolorosos.
Eis que virá o tempo do choro,
Do ódio, do ranger de dentes,
Das correntes, do arrependido
Impossibilitado de voltar.
Nuvens pesadas se anunciam,
Turvando o horizonte e vidas,
Anunciando tempestades
Nas cumeeiras das carências,
Nos telhados dos insatisfeitos,
Em consciências profanadas.
Eis que chega estranho tempo,
O de homens perdidos.
De dias perdidos,
Da esperança perdida,
Vendida no festim dos fartos.
Francisco Costa
Rio,20/09/2016.
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