sábado, 19 de novembro de 2016

COMPULSÓRIAS FÉRIAS

Perdão, poesia.
Não nos divorciamos,
Apenas estou ausente,
Viajando.

Sim, musas há,
E o sol continua firme,
Debulhando cores,
Revelando formas,
Espalhando calor.

Imune ao que redime,
Curva e encanta,
Amargo coisas outras,
Em férias compulsórias,
Distante dos poemas,
Hoje prateleiras vazias.

Mas como na canção,
“Vou voltar,
Sei que ainda vou voltar”,
Renovado e pronto,
Depois do velório
Desse pesadelo.

Como em outra canção,
“A mão que toca o violão
Se for preciso vai à guerra,
Mata o mundo, fere a terra”,
Para logo mergulhar,
Definitivo, na canção final:
“Vê, estão voltando as flores”.

Francisco Costa

Rio, 07/06/2016.

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