Ainda que te fechem todas as portas
E te impeçam de sair
Ou entrar os que esperas.
Ainda que tranquem todas as janelas
E aprisionem o sol lá fora
E façam noite na tua sala.
Mesmo que lhe castrem as palavras
E imponham o silêncio.
Te restarão as mãos,
Para que arrombes portas,
Abra as janelas e faça o sol entrar,
E gesticules até impor o silêncio
Aos que te quiseram calar.
Só o covarde se acomoda
Ao que ao lúcido incomoda.
Francisco Costa
Macaé, 19/05/2016.
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