sábado, 19 de novembro de 2016

FILOSOFANDO NO SÁBADO

(Ouvindo Scorpions em arranjo sinfônico)

Percorre-nos algo de cósmico,
Transcendente, fundamental,
De estrelas decaídas, no chão,
Em nostalgia inexplicável.

Partícipe do que a vista alcança,
O homem é senhor de tudo
Porque de tudo partícipe,
Elaborando teoremas e leis,
Princípios e postulados, regras,
Onde se faz o eixo da criação.

Nascidos para admirar,
Para a análise e a contemplação,
Os homens dispersam-se em si,
Trancados e solitários, sós,
Fazendo dos olhos espelhos
Quando são janelas e caminhos.

Loucos os que dizem, iludidos,
O meu sol, o seu marte,
Sua Andrômeda, mundo deles,
Como se partes privadas do todo,
Em mão inversa e equivocada.

Mais loucos os que se apossam,
Arrancando o encarcerado no chão
Para encarcerar em bancos e cofres,
Crentes de que partes de si anexas,
O que não lhes aumentará o peso,
O tamanho, a longevidade...

Só a importância, diante
Dos que nasceram com olhos
Para não olhar.

Francisco Costa

Rio, 17/09/2016.

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