sábado, 19 de novembro de 2016

À MULHER DISTANTE

Ardo-me
Em curiosidade e sonho,
Insone
Supérfluo
Porque desacompanhado.

As horas me acompanham,
Lentas, desatentas
A suspiros e imagens
Etéreas e frágeis, rápidas
Que por pouco se sustentam
Porque só imaginárias.

O dia tarda
O primeiro galo ainda dorme
E de testemunho que vivo
Só a capacidade de imaginar,
Entre o provável
E o que jamais conhecerei,
Pingando impaciência
Nos versos que escreverei.

Não durmo para mais sonhar.

Francisco Costa

Rio, 05/06/2016.

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