CARTA AO AMIGO BOB
My Friend
Entenda que
o nosso ódio
Não é
particular, a cada americano.
Ele repousa
sobre os seus governos,
Embora os
efeitos recaiam sempre
Sobre quem
os elegeu.
Fosse o meu
governo semeador do caos,
Depondo
regimes democraticamente eleitos
Para os
substituir por títeres amestrados,
A serviço
dos interesses de minha pátria,
E suas
bombas recairiam sobre nós,
Indistintamente,
em revolta e defesa.
Matasse
inocentes, para geração de lucros,
E sua ira
estaria focada aqui, em todos nós,
Beneficiários
da mortandade imposta,
Condimentando
com sangue humano
O hambúrguer
nosso de cada dia.
Fôssemos nós
agentes da guerra e da morte,
Bebendo
petróleo em veias infantis,
Extraindo
minério de vísceras inocentes,
Para
garantir a nossa opulência, e a sua ira
Nos
empaparia os dias, cada minuto,
Deixando-nos
apreensivos, também sem paz.
Não temos
nada de pessoal e nem cobramos isso.
Perdoe-nos,
é que os petardos terroristas,
Como o
capital, segue lógica própria,
Longe dos
homens e íntimos da morte.
A nossa
defesa é o ataque,
A sua defesa
é o combate
A quem lhe
faz vulnerável.
Cordial
abraço, my friend.
Francisco
Costa
Rio, 10/10/2013.
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