De tudo à
poesia estaremos atentos,
Com tal zelo
e sempre e tanto
Que jamais
nos esqueceremos dele.
Há
exatamente um século, cem anos,
Parte
sustancial da poesia universal,
Lírica e
doce, encarnou nesse planeta,
Com nome e
endereço:
Vinícius de
Moraes.
Íntimo
amante do uísque,
De filosofia
simples e prática,
“um homem
deve estar sempre
Pelo menos
um copo acima”,
Complementou-se
em versos
E corpos
femininos,
Sem que
possamos adivinhar
O que mais
bundante em sua obra.
De dondocas
refinadas e estilosas
A poetisas e
artistas plásticas,
Passando por
sua cozinheira,
Uma negra
gorda e analfabeta,
Foram oito
casamentos consumados,
Em atestado
de que “o essencial
É invisível
para os olhos.”
De peculiar
vocabulário
E estranha
sintaxe
Era pródigo
em diminutivos,
Entre
amores, parceiros e amigos:
Tomzinho,
Chiquinho, garotinhas...
Daí a
alcunha de Poetinha.
Mas nem só
na poesia e no tesão
Se podem os
homens completos
E assumiu a
consciência social,
Mais que
solidariedade, a identidade
Com os
apartados dos pratos e da poesia.
Diplomata de
carreira, poliglota
Viu o futuro
castrado pela ditadura
Que o
afastou das embaixadas,
Dos
consulados, mas não calou os versos
Nem matou a
indignação.
Vininha
vive, o Poetinha está
Onde estiver
um coração apaixonado,
Atento a
sonetos e quadras, à liberdade
Poética que
se consuma em seus versos.
Dia
19/10/1913,
Dia em que o
mundo amanheceu melhor.
Francisco
Costa
Rio,
19/10/2013.
Na foto, a
descontração de Vinícius e o seu inseparável copo de uísque, com Chico Buarque,
ainda menino e já parceiro, ao lado.
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