Lá vem ela.
Imaginário
em alerta
Vou
despi-la,
Passear
olhos e hormônios
Em cada
curva e beco,
Nas
saliências e reentrâncias,
Até que se
consuma em mim
A ilusão da
posse.
Ela não sabe
que a tenho
E a imponho
secreto despudor
Na nudez repentina
e total,
Em cópula
com o que
Não se pode
verdade.
Ensolarada e
com pressa
Lá vem ela.
Deixarei que
passe, mas
Tenho
reservado um estupro
Com palavras
que não direi,
Sonhos que
não divido,
Prazeres
que, desgraçadamente
São só meus.
Francisco Costa
Rio,
11/10/2013.
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