quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Prenhe de poemas,
Contemplo-me agora
Extensão do não enunciado
Escorrendo por meus dedos
E se fixando no papel.

O poeta é só instrumento,
Parte passiva, ferramenta
De que se serve o indizível
Para se dar à mostra.

Há, entre o chão e a eternidade,
Mais que flores e estrelas,
E é justamente isso,
Essa força desconhecida
Que o escraviza e tem.

Por desconhecia e só suposta
Chamemo-la amor universal.

Francisco Costa

Rio, 19/10/2013.

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