quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Emancipadas de seus encantos
As fadas perdem as asas
E o brilho no olhar,
Tornando-se lagartas
Prisioneiras de casulos,
Com a resignação dos sábios
Sabendo que adiante
Serão fadas outra vez.

Há tempo de voo e de recesso,
De lagarta e de fada.

A pressa e a ansiedade
Só servem para fazer
Lagartas nervosas
E fadas tristes.

Francisco Costa

Rio, 23/10/2013.

Nenhum comentário:

Postar um comentário