(Pra Sonia
Costa, in memoriam)
Lembro tuas
mãos delicadas,
Fada negra
Me esperando
nas madrugadas.
És agora
matéria de memória,
Formas
difusas
E olhar
distante, já apagado.
Sonho-te
toda noite,
Anjo cheio
de pecados
Construídos
por nós,
Desde a
adolescência
Até o fechar
das cortinas.
Sempre só,
como convém
A todo
mutilado, ainda venero
O meu pedaço
que foi enterrado.
Sem
perceber,
Caminhando
ao léu
Ou
escrevendo versos,
Transformei-me
num mausoléu,
Esse que te
aguarda e espera,
Como os pássaros
esperam
O adocicado
sol da primavera.
Francisco
Costa
Rio,
03/10/2013.
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