domingo, 6 de outubro de 2013

Lá vem você com esta mania
De me morder e me despir,
Espalhar meus pedaços por aí.

Contenha-se! Há um verso,
Displicente e acomodado,
Reclamando transcrição agora.

Guarda teus beijos e afagos,
Preciso de concentração e silêncio,
Da individualidade mantida isolada.

Deixe-me só por um momento,
Preciso terminar o poema.

Só depois, nesga de carne
Em febril e urgente desejo
Eu a despirei.

Hoje quero amá-la em versos.

Francisco Costa

Rio, 29/09/2013

Nenhum comentário:

Postar um comentário