Brasileiro
sim,
De muito e
com muito orgulho,
Sem síndrome
de “vira latas”
E complexos
herdados,
Nascidos da
submissão imposta.
Brasileiro
sim,
Talhado na
exploração e no saque,
Esculpido
com o cinzel da carência
Sempre posta
como refeição.
Brasileiro
sim,
Diferente e
diferenciado
Porque entre
novenas e tamborins,
Despachos e
pastores,
Escopetas e
floradas nos jardins.
Brasileiro
sim,
O que dorme
sobre minério e petróleo,
Amanhece
fauna e flora, entardece
Mananciais
de água e ouro,
Espelhado na
cobiça internacional.
Brasileiro
sim,
Em réquiem e
samba,
Em
alexandrinos e cordéis,
Mastigando
poesia
Para rimar
exigências.
Brasileiro
sim,
De bombacha
e chimarrão,
Montado no
jegue ou no avião,
Bebendo pó
na seca ou na mansão,
Na praia ou
na boleia do caminhão,
Falando
manso ou agalopado,
Com sotaques
dos mais variados
Fazendo a
unidade dessa nação.
Brasileiro
sim,
Que chora
com Hino Nacional,
Aplaude em
velório,
Perde a voz
no gol da seleção,
Amanhece
sempre feliz,
Quase
irracional.
Brasileiro
sim,
Nas
passeatas e concentrações,
Rimando
Brasil e puta que pariu,
Pondo força
e determinação no que diz,
Exigindo-me
outro, maior e melhor,
Com a
dimensão do meu país.
Brasileiro
sim,
Em raiva e
revolta
Porque
brasileiros iguais a mim
Insistem na
síndrome, no engodo
De simples
arremedo, plágio,
Imitação
barata
Dos que
nasceram longe
E se nutrem
do nosso sangue
E cospem em
nossas caras.
Caminha,
Brasil,
E atropela
os que atrapalham.
Francisco
Costa
Rio,
17/10/2013.
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