Na feira de
inutilidades
Tem fotos de
mulher pelada
Com a xota
no sol;
Tem gatinhos
e cãezinhos
Mais
inteligentes
Do que quem
os postou,
Flores de
pétalas escancaradas,
Coraçõezinhos
lilases
E versículos
bíblicos
Em louvação
aos dízimos
Para a
compra de dias melhores.
Na feira de
inutilidades
Tem pobre
com discurso de rico
E rico com
discurso de rico,
Em raivosa
exigência
De salutar
permanência.
Na feira de
inutilidades
Tem
declarações de amor
E orgasmos
virtuais,
Aquela
canção de sucesso
E o resumo
das novelas.
É na feira
de inutilidades
Que se
manifestam intelectos
Que de outra
maneira
Estariam
fadados ao anonimato.
A feira de
inutilidades
Fica no
shopping do Facebook,
Entre seres
pensantes
E facebabaakas.
Francisco
Costa
Rio,
08/10/2013.
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