(Hoje, dia
do idoso)
Com o
compasso da compreensão,
Em tuas
rugas, na pele pálida
Traço os
traços da minha gratidão.
Olho tuas
mãos secas, desidratadas,
Esculpidas
calosidades, no afã de fazer,
Instituir o
legado que hoje usufruo,
E afogo lágrimas
pela injustiça.
És agora
estorvo, peso morto, pouco
Na partilha
dos bens que construíste,
Mero detalhe
na paisagem triste
Que se
pretende permanente.
Mas nem tudo
está perdido,
Há ainda
entre os sensatos
Vozes que
clamam emancipação
Para a velhice
abandonada.
Unem o útil
ao agradável,
Aliam
solidariedade ao mais fraco
Com
investimento no futuro,
Envelhecerão
também.
Francisco
Costa
Rio,
01/10/2013
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