Som que ecoa
nas minhas entranhas,
Tua voz é
apelo, pedido, ordem posta,
Toda uma
sinfonia que se estampa doce,
Melodiosa,
em oposição ao silêncio,
Semeadura e
safra na tua ausência.
Ainda que
eivada de raiva, contrariada,
Permanece
vestida de encanto, leve,
Em apelo de
fim ao que contraria,
Suave
contraponto entre beijos, sorrisos,
Esbanjando o
que me subjuga e redime.
Se insegura,
trêmula ou indecisa,
Mais
sobressai o que seduz e fascina,
Arregimentando
desejo ardente
De adoção e
afagos, proteção,
Em temporária
e incestuosa paternidade.
Triste,
saudosa do que não sei, distante,
Apenas
balbucia solidão e ausência,
Obrigando-me
a ouvidos atentos,
Mas inúteis,
tristemente inúteis,
Como mãos
querendo segurar sombras.
Francisco
Costa
Rio,
13/12/2014.
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