Ei de te
amar sempre e muito,
Desavisado e
distraído,
Em
sofreguidão de ressacas,
De mar
escalando pedras
Para deitar,
solícito, na areia.
Amar de amor
louco, desvairado,
Capaz de
desatinos e desastres,
Reduzido a
um ramalhete
Na minha
mão, no teu portão,
Molhado de
chuva e de tesão.
Desses
amores irresponsáveis,
Imunes a
relógios e a observadores,
Alheio aos
calendários, de presença
Intermitente
e cotidiana, frequente,
Como um
inseto na lâmpada, bêbado
De claridade
e calor, girando, girando,
Até que exausto
e realizado sucumba,
Vítima do
que o aqueceu e iluminou.
Francisco
Costa
Rio,
20/12/2014.
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