Eu, mal
contida hemorragia de palavras,
Todo nervos
expostos, quase agonia,
Pretendente
de só adendo da poesia,
Essa mundana
de muitos donos,
Sempre
pronta a posses e doações,
A cópulas
com espíritos sensíveis,
Cobrando só
o michê da atenção.
Eu, temporal
de sentires contraditórios,
Avalanche
que se exige ordenação,
Partícula
apartada do todo, degeneração
Do que se
pretendeu sensatez e calma,
Do alto da
minha loucura proclamo
A
insuficiência dos sentidos,
A limitação
de estar num corpo só.
Por isso
essa necessidade urgente
De me fazer
rebeldia no conservadorismo,
Um cisco no
olho dos acomodados,
Topadas em
pés parados ou para trás,
Temporal na
praia dos satisfeitos.
Por isso a
necessidade de poemas,
De rasgar as
cortinas do obscurantismo
E deixar penetrar
a luz que amplia sentidos
E junta
corpos em sexo ou socialismo.
Francisco
Costa
Rio,
14/12/2014.
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