sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Bastam-me os teus olhos,
Porque o resto virá junto.

Que brilho é esse, vítreo
Ou adamantino, estelar,
Sei lá, reluzindo reflexos
Que inebriam e apartam,
Reduzem à contemplação?

De onde vem essa energia,
Solar cintilação, vórtice,
Efervescência, explosão
De encanto estampado
Em dois olhos me olhando?

Prisioneiro do que emanas,
Ofereço-me sombras,
Negritude compacta,
Qualquer coisa escura,
Sedenta de luz e vida,
Esperando o teu olhar.

Francisco Costa

Rio, 03/12/2014.

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