Falo-vos dos
cristãos que não aceitam o Cristo,
Porque
ateus, uns, ou doutos na especulação,
Debruçados
sobre história e filosofia, outros.
Falo-vos dos
que partilham por partilhar,
E dividem
por dividir,
E não como
investimentos
A serem
ressarcidos em supostos reinos.
Dos que põem
a moral e o pudor, a probidade,
Como norma
de viver e ferramenta de realizar,
Sem medos de
infernos e reencarnações cruéis,
Agindo por
natural impulso de retidão e bondade.
Falo-vos dos
que se doam, integrais, ao exercício
Da
construção de um mundo melhor, esquecidos
De si, da
própria salvação, para viverem o coletivo.
Falo-vos dos
que não compram vagas em céus,
Paraísos,
reinos, edens... Doando dízimos,
Fazendo
ofertas, ajoelhando-se em missas,
Senão doando-se
a si mesmos integrais
Em
passeatas, pagãs procissões, e comícios,
Heréticos
cultos, na busca de melhorar o rebanho,
Vestindo,
educando, alimentando as ovelhas,
Querendo-as
senhoras de si, conscientes, certas
De que,
cristãs ou não, cultuando ou não,
São todas
iguais na diversidade de portes e pelagens,
Escravas das
necessidades cesarianas, mundanas,
De só
solução no mundo, no reino de César,
Onde os que
negam isso negam para fazer fortunas.
Falo-vos das
militâncias políticas, que como cristãos,
Não guardam
sábados nem domingos, feriados,
Sacrificando
noites e famílias, no compromisso
Pessoal e
intransferível
De se doar
ao próximo e não a si,
Na suprema
ilusão de que cada um é sozinho,
Em
contradição com o que nos tratou por rebanho,
Por suas ovelhas,
as quais nenhuma perderia.
Falo-vos dos
que negam o Cristo
Porque não
se saberem os verdadeiros cristãos.
Francisco
Costa
Rio,
13/12/2014.
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