Cuidado,
menina,
Há aqui um
coração mutilado,
Cheio de
curativos e cicatrizes,
Impulsionado
pelas lágrimas.
Se chegas
bálsamo, terapia,
Imunológicas
carícias,
Células
tronco de reconstrução,
Bem vinda,
acomoda-te.
Mas se
trazes dissimulados punhais,
Espinhos
escondidos, farpas e ciscos,
Apieda-te
deste flácido músculo
Dividido
entre a agonia da espera
E a decepção
de mais uma chegada,
Prenúncio de
conflito e derrota.
Vai e leva
teu corpo surpreendente,
Para que ele
não fique hemorragia,
Um pulsátil
relicário de fantasias,
Tosco,
morrendo aos poucos,
Vertendo
dor, saudade e poesia.
Francisco
Costa
Rio,
17/12/2014.
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