domingo, 21 de dezembro de 2014

Percorro-te inteira
Em salivares impressões
De umidade e calor,
Quase todo língua,
Apêndice subtraído
Do que era calmo.

Agreste peregrino,
Piso teu solo de carne,
Subo íngremes ladeiras,
Repouso em vales
E remansos úmidos
Plantados com pelos.

Suas, soas, cias gotas,
Me irrigando com o suor
Que dilui hormônios
E faz rijo, rubro, vivo,
O que de outra maneira
Seria alheamento e morte.

Francisco Costa

Rio, 16/12/2014.

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