Então
pedes-me educação
E boas
maneiras no poema.
Exiges que
me mantenha contido
Em meus
ímpetos e diatribes
Ou que cale
sobre coxas e peitos,
Anunciando-me
casto e pudico.
Pode-se à
gaivota dizer pouse
Ou ao sol
apague-se,
Senão
exigindo que se neguem
E
desnaturalizem, pereçam,
Porque
negações de sol e gaivota?
Solícito ao
que pedem os poemas,
Apenas
digito. Se bem comportados,
Alguns, ou
das sarjetas, dos bares
E
prostíbulos, nada tenho com isso,
Apenas
digito. Cobre deles.
Rebeldes,
raios X do que escondemos,
Exigir que
escondam o que carregam,
É fazê-los
iguais a nós
E aí não
serão mais poemas,
Mas nós
mesmos no espelho,
Com as
virtudes na testa
E o que
envergonha, nas costas,
Cínicos,
desavergonhadamente.
Francisco
Costa
Rio,
05/12/2014.
Nenhum comentário:
Postar um comentário