Ouço acordes
de guitarras,
Não sei se
lamentos em blues
Ou introito
de rock progressivo,
Se
permanecerá só lamentos
Ou caminhará
para apoteótico final.
Sentidos
atentos, concentrados,
Navego em
ondas sonoras,
Sem saber se
para o clímax
Ou o
repetir-se eterno, monótono,
Em variações
que não mudam.
Agora uma
ritmada bateria,
Ordenando a
cadência
E obrigando
ao balanço,
Ainda que
involuntário.
Presa de mim
mesmo, rendido,
Impossibilitado
de me impedir,
Como uma
folha no vento,
Abandono-me
parte dessa sinfonia,
Sem saber se
blues ou rock progressivo.
Francisco
Costa
Rio,
12/12/2014.
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