Eu vos falo
do negro e do branco,
Dos dias e
das noites que se confundem
Nas auroras
e entardeceres,
E convivem
na mesma data.
Falo-vos dos
urubus
Que nascidos
brancos
Acinzentam-se
e enegrecem,
Permanecendo
urubus.
Falo-vos de
vossos cabelos
Que,
nascidos de qualquer cor,
Embranquecem,
tingidos de tempo,
Sem que vos
torneis outra pessoa.
Falo-vos da
música,
Do que
enleva e encanta, acresce,
Nascida dos
pianos, teclado de dentes
Claros e
escuros, brancos e negros,
Cada um
imprescindível e fundamental
Para a
consecução do belo.
Falo-vos do
racismo,
Dos que
apartam em cores
Porque de
consciências apartadas.
Francisco
Costa
Rio,
02/12/2014.
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