Mais que
amante ou admirador da natureza,
Busco a
integração, morando no mato.
Logo a fauna
percebeu que não sou um risco,
E dadivosa,
se aproximou, me adotou.
Primeiro o
casal de cambaxirras, barulhentas,
Transformando
a minha varanda em condomínio,
Semeando
ninhos, vendo em mim uma cambaxirra.
Próximo, a
uns três metros, um casal de viuvinhas
Decidiu
cumprir a lei do crescei e multiplicai-vos,
Fazendo o
ninho no galho de buganvílea próxima,
Camuflando-se
entre flores e agradáveis odores,
Olhando-me
como se uma viuvinha eu fosse.
Logo
chegaram as sabiás e seus solfejos matinais,
Escolhendo a
cobertura do portão para os ninhos,
Dóceis,
acreditando-me uma bem crescida sabiá.
E vieram os
tucanos, os micos, um casal de lagartos,
Desses de
mais de metro, que temos que esconder,
Principalmente
se a visita for feminina,
Para não
semear gritinhos, corridas sustos...
(se há
anestésico para tesão feminino é lagarto. Afff)
E me tornei
tucano, mico, lagarto aos olhos deles,
Próximos,
totalmente integrados comigo, um igual.
Hoje
consultei o mapa da fauna da região,
Meio
preocupado: vamos que aqui tenha viado!
Vamos que me
olhem de lado, enviesado,
Achando que
eu também...
Que escondo
o rebolado?
Francisco
Costa
Rio,
02/12/2014.
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