Preciso
gerenciar melhor o meu tempo,
Apartar em
lotes os afazeres, separar
Urgências e
adiamentos, o para depois.
Urge que eu
veja essas flores matinais
E
cumprimente o bem te vi vagabundo
Que insiste
em minha janela, distraído.
Há pressa em
que me beijem e abracem,
Em comunhão
de delírios e fantasias,
Tirando-me
daqui agastado e enfadonho.
Já as
lágrimas deixo-as para amanhã,
Para que
venham juntas com o cansaço,
A dor, as
decepções de amor, os adeuses.
Meu relógio
é doido, acelera-se sempre
Que estou
sorrindo e se retarda no luto,
Em tique
taques variáveis no meu peito.
Só temo que
a corda esteja acabando.
Não sei se
parará no tique de um sorriso
Ou no taque
dessa infinita solidão.
Se no taque,
não sei o que fazer.
Se no tique,
componho uma canção.
Francisco
Costa
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