Eu, filho da
ansiedade e do medo,
Palmilhando
o caminho do absurdo,
Farejando
desgraças como opção,
Edificando
desastres e catástrofes,
Procurando o
pior possível, certo
De que feito
para a destruição.
Eu, miúdo e
limitado, vulnerável,
Em
permanente luta com micróbios,
Colecionando
doenças e morrendo,
Assistindo à
decrepitude avançando,
Curto
intervalo entre o anonimato
E a
sepultura, mascando necessidades.
Eu, holocausto
permanente, fome
Ornamentada
em moscas e tédio,
Embates sem
propósitos, acidente
De percurso,
equívoco paramentado
De saberes
inúteis e necessidades
Secando nos
varais do comércio.
Eu,
constante e rubra hemorragia
Escorrendo
da consciência baldia,
Dividido em
religiões e filosofias
Simples
argumentações justificando
O fazer de
mim a mim estrangeiro,
A devoção a
um deus chamado
Dinheiro.
Francisco
Costa
Rio,
23/02/2014.
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