terça-feira, 18 de março de 2014

Louco, eu?
Só porque pastoreio nuvens
E ordenho pedras, passeio
No vento e monto no sol?

Tivesses conversado com bichos,
Dado bons dias a cabras, conselhos
Aos cães, discutindo a impertinência
Das borboletas ausentes dos temporais
E saberias da minha sanidade mental,
Preservada dos shoppings e mercados,
Habitando no que o meu coração quer.

 A suprema e radical loucura
É a recusa à loucura,
Esse pote de mel
Que os insensatos mantêm fechado.

Francisco Costa

Rio, 15/03/2014.

Nenhum comentário:

Postar um comentário