sexta-feira, 28 de março de 2014

Meus sonhos?
Eu os tenho guardados
Num pote de segredos.

Revelados, me revelariam
E me deixariam nu, a mercê
De salteadores de sentimentos.

Há sim os sonhos triviais,
Dando conta do dia a dia,
Os sonhos surreais,
De impossível decifração.

Sonhos eróticos, libidinosos,
Onde me revelo tarado que,
Quando acordado se abstém.

Sonhos tristes ou trágicos,
Os mais duradouros e reais,
Durando noite inteira
Para mais preocupar.

Há até os sonhos infantis,
Lotadinhos de fadas e gnomos
Esvoaçando o jardim em frente
Ou passeando na cabeceira.

Mas os sonhos mais queridos,
São os que não cabem no pote,
Nem na noite, nem em mim,
Porque grandes o bastante
Para virar os versos que declamo
Ou explodirem numa declaração:
Eu te amo!

Francisco Costa

Rio, 27/03/2014.

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