Teus olhos,
janelas para os sonhos,
Portais da
imaginação de poetas,
Soam
antinaturais porque perfeitos.
Multicores
em seus desígnios
De floração
súbita nas tardes,
Brilham como
bússola no caminho,
Apontando o
ponto de chegada.
Imaginários
porque não afeitos à posse,
Prisioneiros
de si mesmos nas órbitas
Que
circundam admiradores, cintilam,
Quase
abstrações iluminando os dias.
Fosses só os
olhos e já serias tudo,
Mas resta o
resto, sagração dos olhos
Que se
continuam por todo o corpo,
Insondável
paraíso, matéria de fé.
Há em ti
qualquer coisa diferente,
Cujos olhos
só insinuam
Passagem
obrigatória para o prazer.
Em ti o pó
se erigiu escultura perfeita,
Matéria
prima manipulada com cuidado,
Pelas mãos
de algum deus de bom gosto.
Francisco
Costa
Rio, 24/02/2014.
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