Teu corpo,
impiedade que lacera
Porque
distante, só imaginado,
É ideia fixa
e permanente, óbice
Para a
permanência na calma.
Dadivosa
admoestação na paz,
É trânsito
de imagens mentais
Passeando em
mim e na cama.
Toda sexo
com um rosto, impões
O que de tão
grande explode nu
Nas
entrelinhas de cada verso,
Como se
texto religioso ou sacro
Orientando-me
as intenções,
Os
pensamentos, cada gesto.
Já parte de
mim, teu rosto
Encanta e
cativa, submete,
Como aquela
borboleta azul,
Forma
diáfana e passageira
Que nasceu
para ser lembrança.
Submisso à
memória, procuro
Os indícios
da borboleta azul
Voando em
retinas enamoradas,
Por acaso as
minhas, chorando
Borboletas e
namoradas voando
Em
primaveras que jamais virão.
Francisco
Costa
Rio,
26/02/2014.
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