Onde habitas
no resto do ano,
Se não és
miragem, imaginação,
Sonho de
carnaval, alegoria
De êxtase em
minhas retinas?
Que te faz
anônima fora do bloco,
Longe da
multidão estarrecida,
Percorrendo
relevos de carne
Sambando
promessas irrealizáveis?
Com que
vestes te vestes anônima
Durante todo
o resto do ano?
Onde te
escondes, enredo
De
alucinação em purpurina
E
lantejoulas no olhar, fada
Deslocada do
contexto,
Toda condão
em desfile
Sobre
corações carnavalescos?
Onde,
diga-me, onde, porque é lá
Que plantarei
os meus versos.
Francisco
Costa
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