terça-feira, 18 de março de 2014

ALUCINADO

Volúpia, volúpia é só o que tenho,
Esta sensação inominável e urgente
De devorar, lacerar, prostrar derrotada,
Entre gemidos e saciedade que descansa.

Isto! Eu quero o êxtase, a loucura doida
De só instintos em provimento da carne,
Subordinando tudo o que não seja carne,
Este componente fundamental, essência,
Quase único, a exigir prazeres constantes,
Amanhecidos do mais íntimo de cada um.

Eu me quero sexo, só sexo, não mais.
Amanhã, passada a tempestade,
Eu cuido do resto.

Francisco Costa

Rio, 10/03/2014

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