(em resposta
a um poema de pessimismo,
De um amigo,
e que li agora)
Reafirmo a
minha convicção no homem,
Bípede que
se livrou das penas e escamas
Porque
nascido para a transparência.
Convicto da flagrante
infantilidade humana,
Que
brincando erige monumentos, obras
De arte,
altera a natureza, faz guerras, mata
Com a
displicência infantil dos inocentes
De
prontidão, esperando a maturidade.
Não serão os
discursos do ódio, o dinheiro,
Comezinhas
explicações, tolas teorias,
Que me farão
abrir mão da esperança
Para plantar
safras de dias oprimidos
Por
onipresente pessimismo, padrasto
Do que não
se pode em sorrisos e festas.
Eu acredito
no homem, espécie a mais que,
Como toda
criança se crê o eixo de tudo,
Peça
obrigatória, componente principal
Do que só
entende parte, e deturpada
Por sentidos
limitados e passos trôpegos.
Acredito
porque tudo evolui, tudo cresce,
E logo a
maturidade nos emancipará
Dos grilhões
que nos aferroam ao passado.
Onde houver
um homem haverá
A
consciência de que amanhã será melhor,
Que no museu
do tempo jazerão as teorias
Que
justificaram os gritos, a fome, as guerras.
Neste dia
homem será homem,
Menino será
menino,
Porque não
haverá exploração para os igualar.
Francisco
Costa
Rio,
23/03/2014.
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