Relicário de
decepções
Quero-me
agora outro,
O que não
chora nem sente,
O que não
espera nem mente.
Quero-me qualquer
coisa longínqua,
Distante,
sem vínculos com o aqui,
Substrato de
necessidades inúteis.
Eu quero a
eternidade, o infinito,
A
consciência total, sem perguntas
Porque todas
respondidas.
Já mal me
contenho coisa pouca,
Repetitivo,
quase automático,
Atribuindo
importância ao nada
Travestido
de fundamental e urgente.
Quero romper
limites, ampliar espaços,
Abarcar o
disponível, inundar tudo
Com a minha
presença.
Já não me
contenho mais aqui parado,
Imóvel
crisálida ansiando-se borboleta.
Eu quero
sair por aí, eu quero dançar.
Francisco
Costa
Rio,
15/02/2014.
Nenhum comentário:
Postar um comentário