Olhe-me nos
olhos,
Eles dizem
mais
Do que quer
que seja,
Que eu
dissesse ou chorasse.
Molambo,
procuro-me
Nas
madrugadas, copo na mão,
Percorrendo
calçadas e bares,
Verdejando
flores mortas,
Hostis a
insetos e pássaros,
Secando nas
sarjetas.
De mim não lembro
direito,
Fora essas
mãos sujas,
Contaminadas
de chão,
Apoios para
o meu levantar
De cada
queda e tombo.
Vago agora,
espectro de mim,
Nas alamedas
em que feliz
Caminhei um
dia.
Noctívago
compulsório
Maldigo a
esperança de sol,
Predador de
desesperançados,
Pronto para
me abater
Em flagrante
de delito,
Escrevendo
um verso.
Francisco
Costa
Rio,
05/02/2014.
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