Poetas, ah!
Os poetas,
Esses seres
estranhos
Que
encontram flores
Nos
escombros de bombas
E procuram
estrelas nos temporais.
Esses
meninos e meninas sem juízo,
Insistindo
na esperança, em contramão
Do que todos
esperam e temem,
Os quem se
recusam a envelhecer
E brincam
com palavras no chão da sala,
Montando
quebra cabeças e charadas
De sentimentos
e intenções de abraços.
Essa gente
insensata que se crê astro
E brilha na
noite, em luz própria,
Como a de
todos os mortais, iguais,
E que não se
sabem assim, e se insistem
Apagados e
tristes, recusando-se à safra.
Esses tontos
que se veem borboletas
E se levam
tão a sério que voam, incólumes,
Sobre
jardins só idealizados, de flores
Imateriais, pura
cor e só cheiros, diáfanas.
Esses,
sempre de punhais na mão,
Não para
contribuir com o mundo
Em suas
irracionais e violenta sedições,
Mas para
apunhalar os próprios corações.
Francisco
Costa
Rio,
07/02/2014.
Nenhum comentário:
Postar um comentário