(efeito
estufa)
Evola-se a
esperança e a fé
Junto com
água evaporada.
Há silêncio
e moscas negras
Em festim de
repasto e fome.
Imóveis, as
folhas minguam
Na migração
do verde, secas.
No leito
seco, só cascalho e pó,
O silêncio
dos batráquios sós,
Sem coaxares
e sem charcos.
Adormecida e
com sede,
A natureza
sonha pássaros,
Plumas de
tons ausentes,
E sons, como
antigamente.
Nem neblina,
nem orvalho,
Menos chuva
ou garoa,
Nada para a
sequiosidade
Do chão
esturricado, rachado.
Além, as
caldeiras a pleno vapor,
As chaminés
vomitando fumaça,
O gás
carbônico em efusão tóxica,
Nascendo
gás, virando dinheiro.
Longe, entre
a geladeira
E o ar
condicionado
A tevê
noticia a cotação da bolsa,
O valor da
comoditie, o pregão
De almas em
pó desencarnadas.
Francisco
Costa
Rio,
08/02/2014.
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