Cruel este
ofício,
O de
garimpar sonhos
E debulhar
possibilidades,
Alardear
feitos, descrever
A
incontinência de ser só,
Deixando-se
escorrer
Em telas e
textos.
Má essa
necessidade
De sempre
pronto à criação,
Caneta,
teclado, lápis na mão,
Como se, só,
fosse impossível
A
insistência no existir,
Esse tecer
de mortalha,
Assistindo-se
modelo
Pronto para
o uso.
Francisco
Costa
Rio,
03/02/2014.
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