Ando de
poemas zangados,
Com ranço de
raiva,
Mal contidos
na indignação.
Preciso
clarear o horizonte,
Espantar as
pulgas do lençol,
Expor
sorrisos mais bonitos.
Então vou
visitá-la em casa,
Tomar banho
de suor e prazer,
Ouvir gritos
que não ouço na rua.
Logo ela se
põe na sacra nudez
Que apaga
tudo e tudo sacia,
Despindo-se
do invólucro
Que escondia
a poesia.
Deponho
armas, é o armistício,
Calando
palavras de ordem
E nada mais
que sonhos exigindo.
É provável
que haja guerras lá fora,
Passeatas,
exigências políticas...
Mas meus
versos estão desarmados.
O poeta do
protesto ficou por aí,
Lavrando
pedras pra palavras.
Este, puro
instinto e hormônios,
Carne
flagelada de amor, goza.
E gozando
estabelece adormecido
O descanso
do guerreiro.
Francisco
Costa
Rio,
21/02/2014.
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