Falo-vos de
um tempo de homens quebrados,
De sorrisos
curtos e prantos desbragados.
Falo-vos da
vigia e da delação, da tortura,
Do quebrar
de ossos e consciências.
Falo-vos de
um pesadelo enorme, constante,
Regado a
sangue, nutrindo-se de vidas.
Falo-vos de
mães e filhos apartados,
Relegados
aos abraços somente em fotos.
Falo-vos de
tanques no asfalto, no trânsito
Do medo e da
intimidação, de vozes caladas.
Falo-vos dos
órfãos de informações e cultura,
Administrando
a própria alienação importada.
Falo-vos de
tempo duro e homens quebrados.
Falo-vos de
qualquer ditadura porque iguais,
Gêmeas na
sanha de semear terror e morte.
Francisco
Costa
Rio,
21/02/2014.
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