Minhas
mágoas?
Eu as tenho
ocultas,
Como
intestinos cânceres,
Incomodando
só a mim,
Sem que
possam vê-las.
Já os meus
êxitos
Eu os trago
nos olhos,
De público,
declarado,
Sorrindo a
paz do realizado.
Dissimulado
e fingidor,
Deixo que
coabitem
E se combatam
nas arenas
Que
convencionaram
Chamar de
poemas.
Verso que
não sangra
Ou não beija
é só texto,
Pretexto do
não fazer nada.
Entre a
intenção e o gesto
As palavras
reclamam presença,
Mas não como
festa gratuita.
Silenciosas
e obrigatórias,
Querem-se
prazer inglório
De vitórias
ou velórios,
Recomeçando
sempre.
Francisco
Costa
Rio,
12/02/2014.
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