sábado, 22 de fevereiro de 2014

Iluminura posta no mural dos sonhos,
Teu sorriso aquece e acalanta corpos,
Edifica vontades, permite realizações.

Solar, sanguíneos teus lábios, úmidos
Portais, conduzem ao intraduzível,
Ao que não se pode dito, só sentido.

E tuas mãos? Delicados tentáculos
Em apreensão ao que se quer preso,
Em dádiva de cárcere oportuno.

Teus peitos... Ah! Teus peitos, carne
Em sagração ao que não se pode seios
Porque sexo exato, orgasmos sólidos.

Tua barriga, esse arfar louco, em plágio
À dança das marés noturnas e frescas,
Enluarada na presença do teu umbigo.

Tuas coxas, estacas de sustentação,
Arrimo, colunatas góticas em surpresa
Ao sequer imaginado, pura magia.

És toda linda, moldura da essência
Que te faz única, em odores de mel
E umidade urgente de pós verão.

Por entre pernas, em ti lateja a vida
Em segredo, secreta, só esperando
Quem a toque e desperte.

Francisco Costa

Rio, 19/02/2014.

Nenhum comentário:

Postar um comentário