Ela tinha o
estranho dom
De enfeitar
com a presença,
Inundando
tudo dela,
Claridade
posta onde estava.
Juntos,
partilhávamos as horas,
Ora quietos
e inúteis, à feição
De ervas
campestres na estrada,
Ora em
luxúria do que pode tudo,
Reinventando
o já sabido,
Inaugurando-nos
coisa nova
Estendida
nas dobras da noite.
Éramos
assim, magia e sonho,
Luminescência
vadia
Querendo-se
estrela,
Mais que um
detalhe na realidade,
Voracidade
incansável e diuturna
Elegendo-nos,
entre iguais,
Flagrante da
diferença.
Mas acabou.
Nada se pode eterno,
A
permanência é limitada, clama
Por tempos
novos de coisas novas,
E o que era
fato virou lembrança,
Uma coisa
estranha que hoje cato
Em versos,
sorrisos e corpos.
Por
irrepetível o que se foi,
Essa busca
desesperada,
Esse sem fim
de poemas,
Todo dia.
Francisco
Costa
Rio,
13/02/2014.
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