Está
interrompido o estio.
Derretidas,
as nuvens choram no chão
O
arrependimento da secura de verão.
Bocarra
aberta, o solo se sacia e,
Socialista,
reparte com raízes e vermes
A
providencial dose de vida.
Os pais das
queimadas estão de luto,
Contidos na
abstenção dos crimes
De
passaricídos e borboletofobia,
Ruminando a
alegria da destruição.
As flores
que hoje desabrocham
Dispensam
sol e insetos, compenetradas
Em matar a
sede de semanas.
A flora me
diz que anteciparam o domingo.
Já a fauna não me diz nada, ocupada
Em dançar
versos molhados.
O mundo
acordou de novo.
Francisco
Costa
Rio,
15/02/2014.
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